Spoofing pode levar a fraudes financeiras e roubo de identidade; como se proteger?
Se passar por alguém conhecido para ganhar a confiança e depois aplicar um golpe. Esse é basicamente o resumo do spoofing, um crime que ocorre quando um cibercriminoso disfarça um telefone, e-mail ou até mesmo o IP paga fingir ser quem não é.
O objetivo dos fraudadores é enganar as vítimas, sejam pessoas ou empresas, para conseguirem o que querem. Para fazer uma analogia, se você já assistiu ao filme Harry Potter e o Cálice do Fogo, o quarto da série, deve se lembrar que o personagem Bartolomeu Crouch Jr. sequestra Alastor Moody e toma uma poção para se passar por ele e fazer Harry Potter ir até uma chave de portal para, enfim, participar de um ritual no qual Valdemort é revivido.
Não, os fraudadores não tomam nenhuma poção polissuco – nem mesmo sequestram as pessoas para se passarem por elas. No caso do spoofing, isso é feito de diversas formas com objetivo de obter informações e até mesmo aplicar fraudes financeiras e roubo de identidade.
O spoofing ficou famoso ao ser bastante falado na imprensa em 2019, quando o então Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, sofreu um ataque e teve mensagens de seu celular vazadas.
Tipos de spoofing
Spoofing de site
Um dos mais comuns é o spoofing de site, no qual os fraudadores replicam um site real, criando uma versão fake. Nela, os golpistas recebem as credenciais dos usuários quando fazem o login.
Spoofing de ID Chamador
Outro bastante conhecido é o spoofing de ID Chamador, utilizado para fazer com que as chamadas pareçam ter partido de um número conhecido – essa técnica também pode ser usada para enviar mensagens de texto. Conhece alguém que recebeu uma ligação do próprio número de telefone? É um caso de spoofing de ID Chamador.
Spoofing ARP
Já o Spoofing ARP é aquele no qual um criminoso entra em uma LAN disfarçando-se como membro da rede. A intenção é acompanhar secretamente uma conversa e se passar por um dos participantes, coletando informações conhecidas.
Spoofing DNS
Outra modalidade é o Spoofing DNS, que altera o caminho e envia uma vítima de um site para o outro. Na prática, o cibercriminoso intercepta a lista de um site que está em um servidor DNS, alterando o IP associado para um de sua escolha. Essa alteração fará com que as vítimas sejam mandadas para um site fraudulento que coleta dados pessoais.
Spoofing de e-mail e de IP
Mas os mais famosos são spoofing de e-mail e de IP. O spoofing de e-mail provavelmente é o mais comum entre todas as modalidades e ocorre quando o fraudador envia um e-mail se passando por uma empresa. Para convencer a pessoa a clicar (ou baixar o conteúdo), a mensagem normalmente vem com senso de urgência como uma cobrança de dívidas.
Já o Spoofing IP tem um nível técnico mais profundo. Você deve saber que todo dispositivo conectado à internet tem um endereço de IP, com intuito de toda a rede saber quem está dizendo cada coisa – como se fosse uma identidade de cada um deles. Esse é o mais perigoso para as empresas, já que pode ser usado em ataques de DDoS, que sobrecarregam a rede.
Com isso, cibercriminoso consegue alterar o endereço IP legítimo de um dispositivo dentro de uma rede fechada e, assim, enganar os demais usuários e deixá-los expostos.
Riscos do spoofing
O spoofing traz diversos riscos e não apenas aos usuários finais, mas também às empresas. Se um fraudador consegue entrar em uma rede e se passar por um funcionário, ele certamente conseguirá conquistar a confiança de outro funcionário para ter acesso a dados sensíveis que podem ser utilizados contra a companhia.
Além disso, golpistas podem obter e vazar dados de clientes, o que traria grandes prejuízos à reputação da marca – o que muitas vezes acaba custando mais do que os próprios prejuízos financeiros.
Como me proteger?
O spoofing certamente pode trazer grandes prejuízos, mas mantenha a tranquilidade e saiba que existem formas de se proteger. Uma plataforma que realiza uma análise do dispositivo robusta pode ser fundamental contra esse tipo de fraude.
Com a análise do device é possível obter informações que podem ser importantes como a geolocalização, as redes de wi-fi utilizadas, o modelo e fabricante de um dispositivo, além de inúmeras outras variáveis que podem ser utilizadas para barrar um ataque.
O AllowMe é uma ferramenta de prevenção a fraudes e de gerenciamento de identidade digitais. Conseguimos analisar todo o padrão de comportamento dos usuários e assim impedir que fraudes ocorram antes mesmo de o golpista conseguir acessar a conta da vítima.
Além disso, também podemos implementar o Múltiplo Fator de Autenticação (MFA), capaz de trazer mais segurança durante cadastros, acessos e transações. Esses recursos fazem do AllowMe uma excelente solução.
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Artigo escrito por Felipe Oliveira
Felipe Oliveira é jornalista apaixonado por futebol, mas decidiu levar os esportes apenas como lazer depois trabalhar direto da redação em uma edição de Jogos Olímpicos e uma Copa do Mundo. Formado também em Direito, desde 2019 aceitou o desafio de escrever sobre tecnologia e, em 2021, atuar com marketing no mercado de prevenção à fraude e pagamentos digitais. No tempo livre gosta de assistir a jogos de futebol e matar a saudade da infância com canais de YouTube sobre games antigos.